ASIA/PACÍFICO
As bolsas asiáticas fecharam em baixa, com perdas lideradas pelos mercados chineses, que atingiram os menores níveis em um ano nesta segunda-feira em meio à saída de investimento estrangeiro. Na China continental, o índice Xangai Composto caiu 1,47%, a 2.939,29 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,86%, a 1.776,21 pontos. Apenas a ação da Foxconn Industrial Internet sofreu um tombo de 10%, o limite diário de queda, após a controladora Foxconn Technology Group, um dos maiores fornecedores da Apple, anunciar que está cooperando com autoridades chinesas em investigações. Investidores estrangeiros vêm tirando recursos das bolsas chinesas diante da crise no Oriente Médio, condições econômicas desafiadoras e uma persistente crise no setor imobiliário. Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei teve perda de 0,83% em Tóquio, a 30.999,55 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi cedeu 0,76% em Seul, a 2.357,02 pontos, e o Taiex apresentou baixa de 1,15% em Taiwan, a 16.251,36 pontos. Em Hong Kong, não houve negócios hoje em função de um feriado.
EUROPA
As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta segunda-feira, ampliando perdas dos três pregões anteriores, à medida que investidores seguem na defensiva com tensões geopolíticas ligadas à crise no Oriente Médio e aguardam uma série de balanços corporativos de peso, além de decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE). Por volta das 6h15 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,55%, a 431,38 pontos. A aversão a risco continua prevalecendo na Europa em meio ao conflito entre Israel e o grupo extremista palestino Hamas. No fim de semana, ataques aéreos israelenses atingiram alvos na Faixa de Gaza, Síria e Cisjordânia. Por outro lado, comboios de ajuda humanitária começaram a chegar a Gaza, o que contribui para a relativa estabilidade dos preços do petróleo. Nos próximos dias, a atenção vai se voltar para balanços de pesos-pesados europeus, como os gigantes bancários Santander e Deutsche Bank, e também de grandes empresas de tecnologia dos EUA.
EUA
A Casa Branca divulgou um comunicado em conjunto dos líderes dos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália e Reino Unido reiterando o apoio dos países a Israel. Ainda, as autoridades se comprometeram “a uma coordenação estreita para apoiar os seus cidadãos na região, em particular aqueles que desejam deixar Gaza”. Os rendimentos dos Treasuries de longo prazo aceleraram ganhos nas últimas horas, com o da T-note de 10 anos ultrapassando a marca de 5% e renovando máximas desde 2007, em meio a persistentes incertezas sobre a trajetória dos juros nos EUA. Dirigentes do Federal Reserve (Fed) estão observando o período de silêncio que precede a decisão de juros do BC dos EUA, em 1 de novembro. Às 6h55 (de Brasília), o juro da T-note de 10 anos subia a 5,013%, após chegar mais cedo a 5,019%, o maior patamar desde 2007, enquanto o da T-note de 2 anos avançava a 5,118% e o do T-bond de 30 anos aumentava a 5,168%.
BRASIL
Os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos, no interior de São Paulo, aprovaram, em assembleia neste domingo, 22, uma greve por tempo indeterminado. A paralisação terá início nesta segunda-feira e é motivada por demissões de funcionários, as quais foram classificadas pelo sindicato da categoria como quebra de acordo. Os desligamentos, segundo a entidade, foram realizados neste sábado por meio de telegramas e e-mails. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse que os Estados do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) defenderão posições conjuntas sobre a reforma tributária, mesmo que haja algumas diferenças entre as unidades da federação. “Temos posição conjunta de todos os sete Estados. Estamos apoiando um novo marco para o sistema tributário nacional e sobre isso temos concordância total”, afirmou durante evento de encerramento do Cosud, realizado em São Paulo.
PETRÓLEO
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa moderada na manhã desta segunda-feira, ampliando leves perdas da sessão anterior, à medida que ajuda humanitária começou a chegar à Faixa de Gaza no fim de semana em meio a esforços diplomáticos para evitar que o conflito entre Israel e o grupo extremista palestino Hamas se alastre pelo Oriente Médio.