Bitcoin (BTC), ethereum (ETH) e as principais criptomoedas oscilam próximo da estabilidade nesta terça, dia em que os mercados dos EUA e Reino Unido retomam as operações após o feriado de Ano Novo, o que deve ampliar o volume de negócios.
Maior das criptomoedas, o bitcoin avançou timidamente para o patamar de US$ 16,7 mil na segunda-feira, ainda sem o referencial dos negócios de Wall Street, mas nesta terça passou a recuar seguindo a tendência da Nasdaq.
O ether, moeda digital da rede Ethereum, também manteve a cotação acima de US$ 1.200, porém, sem força para definir um rumo mais certeiro diante das incertezas no campo da macroeconomia e no setor de criptoativos.
Para Fernando Pereira, estrategista da Bitget, tudo pode mudar nos próximos dias após o bitcoin oscilar pela terceira semana consecutiva na mesma faixa de preço.
“Zonas de acumulação como a de agora costumam preceder fortes movimentos, e vamos depender do ânimo dos investidores para saber para qual dos lados a arrancada deve acontecer. Prevejo uma valorização ou desvalorização na casa de 10% durante o mês de janeiro”, disse.
Perto das 15h20 (horário de Brasília), o bitcoin tinha baixa de 0,5% nas últimas 24 horas, negociado a US$ 16.630,95, e o ether recuava 0,8%, cotado a US$ 1.207,42, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo era de US$ 837 bilhões. Em reais, o bitcoin subia 0,05% a R$ 89.531,64 e o ether oscilava 0,05% a R$ 6.498,30, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Rony Szuster, analista do Research do MB destaca que os dados on chain mostram acúmulo de pouco mais de 10 mil bitcoins nas mãos dos investidores de longo prazo e o saldo nas exchanges se mantendo estável, com a adição de cerca de 400 unidades de BTC. No mesmo período, disse ele, o saldo de ethers em validação na beacon chain aumentou cerca de 9 mil unidades.
Andrey Nousi, fundador da Nousi Finance, acredita que o ano de 2023 será uma continuação dos últimos meses para a cotação das criptomoedas, o que, na opinião dele, significa falar que seguirá forte a dependência desses ativos em relação à liquidez financeira global. Nousi enxerga um fator técnico que pode dar esperança aos investidores: a concentração de criptomoedas nas carteiras de investidores de longo prazo.
“Um fator positivo a respeito do bitcoin é que movimentos de quedas mostram ter pouco oxigênio diante do fato de que a oferta circulante é cada vez menor. Mais de 70% da oferta não circula há mais de um ano”, destaca. “E isso em um cenário de potencial queda no mercado de ações americano pode ter um menor impacto no bitcoin.”