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O destaque na agenda econômica de hoje, segunda-feira, 16 de outubro, são as preocupações com o conflito Israel-Hamas que influencia o mercado. Além disso, temos o preço do petróleo, especialmente o Brent, acima de US$ 90 por barril, devido à escalada dessas tensões no Oriente Médio.
Agenda do dia
08h00 — FGV: Segunda prévia do IPC-S de outubro
08h25 — BC: Pesquisa semanal Focus
09h30 — EUA: Índice Empire State de atividade industrial em outubro
11h10 — Lagarde (BCE) participa de encontro do Eurogrupo
11h30 — EUA: Fed boy Patrick Harker fala em evento
15h00 — Secex divulga balança comercial semanal
17h30 — EUA: Fed boy Patrick Harker fala em evento
ÁSIA/PACÍFICO
As bolsas asiáticas começaram a semana em queda, influenciadas pela preocupação com a escalada do conflito no Oriente Médio. O Banco do Povo da China injetou US$ 108 bilhões no mercado financeiro para estimular o crescimento econômico, enquanto a bolsa de Tóquio liderou as perdas regionais devido à pressão nas ações de tecnologia, provocada por relatos de restrições dos EUA à China no acesso a semicondutores de última geração. Além disso, o preço do minério de ferro subiu 2,86%. Importantes indicadores econômicos da China, como o PIB, estão previstos para serem divulgados esta semana, juntamente com dados de inflação do Japão. Enquanto isso, Liu Lian’ge, ex-presidente do Banco da China, foi formalmente detido e acusado de corrupção.
- Tóquio — Nikkei: -2,03%
- Hong Kong — Hang Seng: -0,97%
- Taiwan — Taiex: -0,78%
- Coreia — Kospi: -0,81%
- China — Xangai: -0,46%
- China — Shenzhen: -1,11%
- Austrália — ASX 200 -0.35%
EUROPA
As bolsas europeias apresentaram ganhos modestos, embora tenham sido limitados pela cautela em relação ao Oriente Médio. Os dados econômicos da zona do euro mostraram um superávit de 6,7 bilhões de euros na balança comercial de bens em agosto, com aumento nas exportações e queda nas importações. No cenário corporativo, a empresa Ocado sofreu uma queda de 3,65% no FTSE 100 devido ao rebaixamento de recomendação de suas ações, enquanto mineradoras e petrolíferas como Rio Tinto, Antofagasta e Shell registraram ganhos, impulsionadas pelos preços do petróleo e do ouro. Além disso, a França relatou 189 atos antissemitas desde o ataque terrorista do Hamas, com alerta máximo no país após a morte de um professor em um ataque islâmico em uma escola no norte da França. A situação está ligada aos recentes ataques do Hamas em Israel, de acordo com o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin.
- Reino Unido — FTSE 100: +0,16%
- Alemanha — DAX: -0,16%
- França — CAC 40: -0,15%
- Itália — FTSE MIB: -0,16%
- STOXX 600 — -0,07%
EUA
Os índices futuros dos EUA operam em leve alta impulsionados por resultados positivos de empresas na semana anterior, embora haja preocupações com novos desenvolvimentos no conflito entre Israel e o Hamas. O presidente dos EUA, Joe Biden, intensificou os esforços para evitar uma escalada do conflito e realizou chamadas para líderes da região. Os indicadores econômicos mais aguardados da semana incluem as vendas no varejo e a produção industrial. A temporada de balanços também está em foco, com empresas como Tesla, Netflix, Morgan Stanley e Bank of America divulgando resultados. Além disso, membros do Federal Reserve farão discursos ao longo da semana, com destaque para o presidente Jerome Powell.
- Dow — +0,41%;
- S&P — +0,27%;
- Nasdaq — +0,06%
BRASIL
No Brasil, o Ibovespa encerrou o dia com queda de 1,14%, finalizando a semana com recuo de 0,40%. Embora a segunda-feira tenha uma agenda esvaziada de indicadores econômicos, com destaque apenas para o tradicional Boletim Focus, a semana reserva importantes divulgações. O IBGE anunciará, na terça-feira, o volume de serviços de agosto e, na quarta-feira, as vendas no varejo do mesmo mês. Na quinta-feira, o Banco Central lançará o IBC-Br de agosto, considerado uma prévia mensal do PIB, com a projeção de queda de 0,4% na comparação mensal e um aumento de 1,5% na comparação anual, de acordo com a Bloomberg. Além disso, a semana conta com o vencimento de opções sobre o Ibovespa na quarta-feira e o vencimento de opções sobre ações na sexta-feira. As projeções para a inflação também estão em foco, com economistas reduzindo as estimativas de inflação de 4,86% para 4,75%. A tributação dos fundos offshore, que são aplicações financeiras no exterior, está em discussão na Câmara dos Deputados, visando aumentar a arrecadação e atingir a meta de zerar o déficit público em 2024. Por fim, o AliExpress implementou o Remessa Conforme a partir do domingo, com imposto de importação zerado nos envios internacionais de até US$ 50, ganhando destaque na mídia nacional.
RELATÓRIO FOCUS – BANCO CENTRAL
- 📍IPCA
2023 cai de 4,86% para 4,75%
2024 mantido em 3,88% - 📍PIB
2023 segue em 2,92%
2024 continua em 1,50% - 📍Dólar
2023 mantido em R$ 5,00
2024 sobe de R$ 5,02 para R$ 5,05 - 📍Selic
2023 continua em 11,75%
2024 segue em 9,00%
PETRÓLEO
O petróleo, especialmente o Brent, mantém-se acima de US$ 90 por barril, embora haja oscilações recentes. Atualmente, os futuros do Brent caem ligeiramente, cerca de 0,17%, cotados a US$ 90,74, enquanto os futuros do WTI mantêm-se estáveis, com um leve aumento de 0,02%, atingindo US$ 87,71. Essa tendência é moldada pela preocupação em relação à escalada das tensões no Oriente Médio, com o conflito entre Israel e o Hamas representando um dos maiores riscos geopolíticos para os mercados de petróleo. O temor de que a situação possa sair de controle, com consequências significativas, mantém a volatilidade no mercado, enquanto líderes mundiais, incluindo os EUA, China e Rússia, buscam soluções e diplomacia para a crise. Além disso, outros metais, como cobre e níquel, avançam em Londres, e o minério de ferro registra um aumento superior a 2% em Singapura.
