A agenda desta quinta-feira, 19, traz o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Clube Econômico de Nova York. Além dele, outros seis dirigentes do Fed têm eventos públicos. Saem dados semanais de auxílio-desemprego e os mensais de vendas de moradias usadas. No Brasil, foco em falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto: uma em evento da Fenabrave Mato Grosso e outra, em fórum de cooperativas de crédito. Entre os balanços, destaque para números da American Airlines e da AT&T.
Agenda do dia
- 09:00 BRL/IBC-Br (Ago) -0,30% 0,44%
- 09:30 EUA/Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego 212K 209K
- 09:30 EUA/Índice de Atividade Industrial Fed Filadélfia (Out) -6,4 -13,5
- 09:30 EUA/Relatório de Empregos Fed Filadélfia (Out) -5,7
- 11:00 EUA/Vendas de Casas Usadas (Set) 3,89M 4,04M
- 11:00 EUA/Vendas de Casas Usadas (Mensal) (Set) -0,7%
- 13:00 EUA/Discurso de Powell, Presidente do Fed
- 15:00 EUA/Balanço Orçamentário Federal (Set) -78,6B 89,3B
- 17:00 EUA/Discurso de Bostic, membro do FOMC
- 17:30 EUA/Fed’s Balance Sheet 7.952B 18:30 EUA/Discurso de Harker, membro do FOMC
ASIA/PACÍFICO
As bolsas asiáticas fecharam em baixa significativa nesta quinta-feira, acompanhando o fraco desempenho de Wall Street e em meio a preocupações com o fragilizado setor imobiliário da China. Liderando perdas na Ásia, o índice Hang Seng caiu 2,46% em Hong Kong, a 17.295,89 pontos, enquanto o japonês Nikkei recuou 1,91% em Tóquio, a 31.430,62 pontos, e o Kospi registrou queda de 1,90% em Seul, a 2.415,80 pontos, mesmo após o banco central sul-coreano (BoK) manter seu juro básico em 3,5% pela sexta vez consecutiva. Ontem, as bolsas de Nova York sofreram perdas de cerca de 1% a 1,6%, à medida que os rendimentos dos Treasuries de mais longo prazo renovaram máximas desde 2007 em meio à perspectiva de que os juros dos EUA fiquem em níveis elevados por mais tempo. A crise no Oriente Médio também vem comprometendo o apetite por risco em Wall Street e em outras partes do mundo.
EUROPA
As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta quinta-feira, após balanços decepcionantes de grandes empresas locais, como Nestlé e Renault, em um momento de aversão a risco alimentado pela crise no Oriente Médio e incertezas sobre a trajetória dos juros. Por volta das 6h30 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,83%, a 441,33 pontos. Tensões geopolíticas ligadas ao conflito entre Israel e o grupo extremista palestino Hamas seguem desestimulando o apetite por ações, ao passo que os juros dos Treasuries de mais longo prazo renovaram máximas desde 2007 durante a madrugada, à espera de comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e de outros dirigentes do banco central dos EUA. Nos últimos dias, dados fortes da economia americana reforçaram a visão de que os juros dos EUA deverão ficar em níveis elevados por mais tempo.
EUA
A rede americana NBC apurou que o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, articula com o Congresso um novo pacote de financiamento para conflitos externos. O pacote soma US$ 100 bilhões. Desse total, US$ 60 bilhões iriam para apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia, conforme um legislador e duas fontes. O restante do pedido seria para fornecer ajuda a Israel, a Taiwan e ao controle da fronteira dos EUA com o México. A chance de o plano prosperar renovou o incômodo do mercado com a questão fiscal americana e fez o juro do T-bond de 30 anos voltar a superar a marca de 5%, a maior em 16 anos. As ações da Netflix dispararam 12,51% no after hours em Nova York, na esteira do balanço e de anúncios feitos pela companhia. A gigante do streaming teve lucro líquido diluído por ação de US$ 3,73 no terceiro trimestre (US$ 1,68 bilhão), acima do consenso de US$ 3,49. O número de assinantes subiu de 223,09 milhões no fim de setembro de 2022 para 247,15 milhões agora. Além disso, a empresa anunciou o encerramento do plano básico para novos assinantes da plataforma em diversos países, incluindo o Brasil, e aumentou as assinaturas para usuários nos Estados Unidos.
BRASIL
O presidente da Petrobras afirmou ontem não esperar que a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas se alastre pelo Oriente Médio a ponto de afetar os combustíveis no mercado internacional. Prates disse que os “espasmos” registrados no preço do petróleo após a deflagração do conflito no Oriente Médio são “característicos” e duram pouco. A declaração foi dada após a inauguração de uma exposição na Câmara em comemoração aos 70 anos da empresa. “Há esse conflito agora com o Hamas, que coloca Israel no mapa de foco de guerra, podendo se alastrar para outros países. Nós, particularmente, não acreditamos que isso vai se alastrar em curto prazo. Os demais países vão observar a situação de negociação de uma solução negociada de paz, de alguma forma, apesar do horror que é um ataque terrorista, desencadear uma reação de um país em autodefesa”, afirmou o presidente da Petrobras.
PETRÓLEO
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa de mais de 1% na manhã desta quinta-feira, revertendo parte dos ganhos de ontem, após os EUA aliviarem sanções à indústria petrolífera da Venezuela. Segundo analistas, porém, as tensões no Oriente Médio tendem a continuar sustentando a commodity.
Balanços
American Airlines
AT&T
Western Alliance
França Vivendi