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O destaque na agenda econômica de hoje, quarta-feira, 11 de outubro, é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa era que a inflação de setembro registrasse um novo aumento de 0,28%, após ter subido 0,23% no mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, prevê-se que a inflação atinja 5,20%. Além disso, nos Estados Unidos, estão agendadas as divulgações do Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (IPC); Índice de Preços ao Produtor (PPI) e a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).
ÁSIA/PACÍFICO
Na Ásia, os mercados acenaram com otimismo, impulsionados pela expectativa de que o Federal Reserve dos EUA não planeja aumentar as taxas de juros a curto prazo. As ações no Japão, representadas pelo índice Nikkei, registraram seu segundo dia consecutivo de ganhos, encaminhando-se para o fechamento mais alto do mês. Este aumento foi liderado pelo setor de tecnologia e fabricantes de automóveis. O índice Nikkei de Tóquio subiu 0,60%, atingindo 31.936,51 pontos. Empresas como Lasertec e Mazda Motor mostraram crescimento, com alta de 6,3% e 1,8%, respectivamente. Enquanto isso, empresas financeiras e de transporte, como Sumitomo Mitsui Financial Group e Kawasaki Kisen, tiveram quedas de 1,1% e 6,1%.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi teve uma alta de 1,98%, atingindo 2.450,08 pontos, liderado por empresas do setor de semicondutores e fabricantes de baterias. A gigante Samsung Electronics, uma das principais empresas do índice, teve um aumento de 2,7% após anunciar que espera uma queda no lucro operacional no terceiro trimestre, seguida por um aumento no próximo trimestre. Os investidores estão otimistas com a recuperação dos preços dos semicondutores até o final do ano. Além disso, a fabricante de baterias para veículos elétricos, LG Energy Solution, teve um salto de 7,3% após divulgar resultados preliminares do terceiro trimestre que superaram as expectativas. Essas tendências demonstram um mercado asiático confiante e impulsionado por perspectivas favoráveis.
EUROPA
Na manhã de ontem (10/10), os mercados europeus estavam em busca de uma direção clara, enquanto os investidores aguardavam com expectativa mais comentários do FED e dados de inflação dos EUA, a fim de avaliar como a maior economia do mundo está traçando seu curso.
Por volta das 6h45 (horário de Brasília) de hoje (11/10), o índice Stoxx 600, que engloba ações de toda a Europa, registrou um leve aumento de 0,11%, atingindo 452,87 pontos. Isso ocorreu após um salto de quase 2% no pregão anterior, que marcou o maior ganho em 11 meses.
Os investidores estão de olho nas pronunciações das autoridades do Fed para obterem pistas sobre o rumo das taxas de juros nos Estados Unidos. Nos últimos dias, alguns analistas sugeriram que o banco central dos EUA pode optar por manter suas principais taxas de juros inalteradas a curto prazo, principalmente devido ao recente aumento nas taxas de retorno dos títulos do Tesouro, o que reduziu a necessidade de uma política monetária mais restritiva. Na terça-feira (10/10), os rendimentos dos Treasuries recuaram de forma significativa, e essa tendência continua nesta quarta-feira.
Enquanto isso, na Europa, uma pesquisa da Destatis confirmou recentemente que a taxa anual do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da Alemanha desacelerou para 4,5% em setembro, em comparação com 6,1% no mês anterior.
Às 6h58 (horário de Brasília), a Bolsa de Londres mostrou um pequeno ganho de 0,04%, a de Paris apresentou uma queda de 0,60%, enquanto a de Frankfurt registrou um modesto aumento de 0,02%. Além disso, as Bolsas de Milão e Lisboa mostram ganhos de 0,23% e 1,38%, respectivamente, enquanto a Bolsa de Madri apresenta uma queda de 0,24%.
Em Paris, as ações da LVMH estão em declínio acentuado, com uma queda de 6,5%, após a gigante francesa do setor de luxo anunciar que sua receita anual teve um crescimento de 9% no terceiro trimestre. Esse desempenho ficou aquém do ganho de 17% registrado no segundo trimestre e abaixo das previsões dos analistas, que esperavam um aumento de 11%. Outras empresas de luxo na França, como Hermès (-1,8%) e Kering (-2%), também enfrentam pressão.
FTSE 100 (Londres): +1,81%;
CAC 40 (Paris): +2,01%;
DAX (Frankfurt): +1,95%.
EUA
Na manhã de quarta-feira, Wall Street apresentou um leve aumento, uma vez que a diminuição dos rendimentos dos títulos continua a aliviar a pressão sobre as ações. Os contratos futuros do S&P 500 e do Dow Jones Industrial Average registram acréscimos de cerca de 0,3%.
Ontem (10/10), observou-se uma performance robusta no mercado de títulos, com os rendimentos dos Treasuries diminuindo após a retomada das negociações na terça-feira, seguindo o feriado da segunda-feira (09/10). Esta foi a primeira oportunidade para os rendimentos aumentarem após o inesperado ataque do Hamas a Israel no fim de semana, que trouxe incertezas aos mercados globais.
O rendimento dos títulos do Treasury de 10 anos caiu para 4,56%, ante 4,80% na sexta-feira anterior, o que representa uma mudança significativa no mercado de títulos. O rendimento dos títulos do Tesouro de dois anos, que costuma refletir mais as expectativas em relação às ações do Fed, também caiu, chegando a 4,96%, após atingir 5,09% na sexta-feira.
Os juros dos títulos da dívida norte-americana, então, encerraram em baixa ontem (10/10), o que levou a declarações do vice-presidente do Federal Reserve (FED) acerca de como os rendimentos dos Treasuries podem impactar a próxima decisão do Fomc, programada para novembro. Hoje mesmo serão divulgadas as atas da última reunião do FOMC. Como resultado desse comentário, Wall Street fechou o dia em território positivo.
Há cerca de três semanas, o Federal Reserve optou por manter as taxas de juros entre 5,25% e 5,50%. Foi a segunda vez neste ano que o banco central norte-americano suspendeu seu ciclo de aperto monetário. Amanhã, aguarda-se a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI), que poderá fornecer mais pistas sobre os próximos passos do FED.
Assim, o investidores estão se sentindo encorajados por indícios de que a pressão inflacionária, que tem sido uma preocupação, pode estar começando a diminuir em várias economias. Isso abre a possibilidade de que o FED e outros bancos centrais possam moderar ou reverter aumentos acentuados nas taxas de juros, que anteriormente tinham o objetivo de conter o avanço dos preços.
Entretanto, os relatórios desta semana sobre a inflação, tanto do consumidor como do comércio no atacado, têm o potencial de alterar essas suposições.
BRASIL
No cenário brasileiro, o Ibovespa recebeu um impulso graças ao apetite ao risco nos mercados globais. O Ibovespa futuro iniciou o dia em território positivo, registrando um ganho de 0,52% e alcançando 117.442 pontos. Esse movimento foi motivado pelo desempenho sólido das bolsas em Nova York e pelas declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Por outro lado, o senador Eduardo Braga (MDB-PA) comunicou que o relatório da Reforma Tributária teve sua data de entrega adiada para 24 de outubro, após a previsão inicial para a semana de 16 a 20 de outubro.
Nesta quarta-feira (11/10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve uma variação positiva de 0,26% em setembro, seguindo um aumento de 0,23% em agosto. Esse resultado ficou abaixo das expectativas medianas do mercado, que previam um aumento de 0,33%.
Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encontra-se em viagem para o encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que está ocorrendo em Marrakech, no Marrocos. O evento destaca a discussão sobre a reforma das instituições financeiras multilaterais. Durante sua estadia, o ministro participará de reuniões preparatórias e encontros bilaterais com ministros de Finanças de outros países. Além disso, ele terá uma reunião com a presidente do Banco do Brics, Dilma Rousseff. Haddad também concentrará seus esforços em preparar o terreno para o encontro de 2024, que será realizado no Brasil.
Além dos tópicos relacionados à reforma das instituições financeiras, a reunião anual do FMI e do Banco Mundial discutirá questões críticas, como as tensões geopolíticas que atualmente impactam o cenário global. Essas tensões foram exacerbadas por conflitos em curso, como a guerra entre Rússia e Ucrânia e o conflito entre Israel e o grupo Hamas. Esses são tópicos de extrema importância que exigem a atenção das nações e instituições internacionais presentes neste evento de grande significado, conforme relatado pela Agência Brasil.
PETRÓLEO
No mercado de energia, os contratos futuros do petróleo tipo Brent com vencimento em dezembro apresentaram uma queda de 0,56%, sendo cotados a US$ 87,65 por barril na Intercontinental Commodity Exchange (ICE). Os futuros do WTI, para novembro, também encerraram a sessão em território negativo, com uma retração de 0,47%, e o barril foi negociado a US$ 85,97 na New York Mercantile Exchange (Nymex).
Essa diminuição no preço da commodity ocorreu devido à percepção do mercado de que, até o momento, não há indícios de que o Irã será afetado pelo conflito entre Israel e o grupo Hamas, o que reduziu a preocupação com possíveis interrupções no fornecimento de petróleo.
No entanto, é importante observar que, mesmo com a queda dos preços do petróleo, a Petrobras encerrou o pregão desta terça-feira com seu valor mais alto do ano. As ações ordinárias da empresa apresentaram um aumento de 1,03%, atingindo R$ 38,25, enquanto as ações preferenciais registraram um acréscimo de 0,74%, chegando a R$ 35,21.
No acumulado desde janeiro, as ações da Petrobras já valorizaram impressionantes 77,5%, elevando o valor de mercado da companhia para aproximadamente R$ 481,9 bilhões.
OBS: Em meio ao retorno de um sentimento negativo nas negociações de petróleo no cenário internacional, as companhias aéreas estão experimentando um aumento nas suas ações e competindo pela liderança no Ibovespa.
As ações dessas empresas estão se recuperando das perdas da sessão anterior, quando foram afetadas pela brusca alta de mais de 4% no preço do petróleo tipo Brent, causando preocupações devido à incerteza no conflito entre Israel e o grupo Hamas, com um olhar atento voltado para as implicações para o Irã.
Agenda do dia:
03:00 – Alemanha: IPC (Mensal) (Set);
05:00 – China: Novos Empréstimos;
09:00 – Brasil: IPCA;
09:30 – EUA: Núcleo do IPP (Mensal) (Set);
14:30 – Brasil: Fluxo Cambial Estrangeiro;
15:00 – EUA: Atas da Reunião do FOMC;
17:30 – EUA: Estoques de Petróleo Bruto Semanal API.
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