Nos Estados Unidos, você é identificado pelo que faz para viver, ao entrar em um bar, a primeira coisa que te perguntam ou que se iniciam uma conversa é: “Qual seu nome?” E a próxima pergunta sempre é: “Qual sua profissão?”.
Para entendermos o tanto que o emprego ou a profissão é importante para uma pessoa, que nas redes sociais, as pessoas adotaram sobrenomes com base em suas profissões, por exemplo, Andrey Nousi CFA ou Alisson Cunha CNPI.
Economicamente falando, o emprego gera confiança, dá ânimo e, principalmente, fornece um salário. Com essa renda, os consumidores gastam em bens e serviços, gerando mais contratações, pois essas empresas se beneficiam do aumento das vendas e lucros e, por via se consequência, saem no mercado para contratar mais pessoas para suprir esse aumento da demanda.
Assim, o ciclo continua até que a economia atinja um obstáculo, causando uma desaceleração ou recessão. Por outro lado, a perda de um emprego pode ter muitas consequências indesejáveis, tanto econômicas quanto sociais. Não é à toa que o desemprego é uma das principais causas de angústia mental, conflitos conjugais, divórcio, depressão, suicídio e práticas criminosas. Obviamente, este indicador tem tanto propriedades econômicas quanto sociais, o que também refletem nas tendências de desempenho de uma economia.
Portanto, é fácil ver por que a situação do mercado de trabalho é tão importante para economistas e investidores.
No mercado americano, atualmente, existem 2 métricas de empregabilidade que o mercado considera. A primeira é o famoso Payroll e a segunda Households.
O relatório mensal de emprego é baseado em duas pesquisas separadas: o Current Population Survey (CPS), também conhecido como household, e o Current Employment Statistics Survey (CES), conhecido com o Payroll ou folha de pagamento. Os dados dos households são agregados e divulgados nas tabelas “A” encontrado na primeira metade do relatório, as informações do levantamento do payroll são apresentadas nas tabelas “B”.
O relatório de emprego contém vários destaques, mas os principais headlines são geralmente divididos em dois dados: a taxa de desemprego e o Nonfarm Payrolls — folhas de pagamento não-agrícolas. Remuneração média por hora, horas trabalhadas, horas extras, horas trabalhadas e a variação mensal dos empregos na manufatura também chamam bastante atenção de Wall Street. Ao contrário de muitos outros lançamentos econômicos, esses indicadores demoram um tempo para serem digeridos por completo pelo mercado. E é por isso que esse indicador traz tanto medo e volatilidade para o mercado de ações.